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Primeira Residência Terapêutica do NF resgata dignidade dos pacientes

Por Daniele Mialha Vidal

A primeira Residência Terapêutica (RT) do Norte Fluminense (NF) funciona em Campos desde dezembro de 2014 e está resgatando a dignidade dos pacientes assistidos. Segundo o vice-prefeito e secretário de Saúde, Doutor Chicão, o serviço tem o objetivo de proporcionar atendimento residencial para pacientes egressos de instituições de saúde mental, de longa permanência (hospitais psiquiátricos).

- Atualmente, beneficia 9 pessoas, sendo 4 homens e 5 mulheres, e visa responder às necessidades de moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves, institucionalizadas ou não. O processo de reabilitação psicossocial busca a inserção do usuário na rede de serviços, organizações e relações sociais da comunidade, ou seja, a inclusão social – afirmou Doutor Chicão.

A RT de Campos fica na rua Saldanha Marinho, 354, Centro. De acordo com a assistente social e coordenadora da unidade, Liliane Ferron, há um caso de paciente que ficou internado por 36 anos em hospital psiquiátrico, e outra por 10 anos, ambos abandonados pelos familiares. Acolhidos pela Gerência de Saúde Mental, tornaram-se moradores da Residência Terapêutica.

- Eles não sabiam mais abrir uma lata de refrigerante, não reconheciam mais o dinheiro. Haviam desaprendido a se comportar em público, perderam o senso de orientação. Foi um trabalho árduo, mas, nesses 8 meses que estamos juntos, eles já recuperaram a autonomia, a dignidade, voltaram a frequentar locais públicos, retomaram a liberdade de ir e vir – contou Liliane.  

SERVIÇOS

Diversos profissionais prestam assistência aos residentes, como técnicos de enfermagem, assistente social e enfermeiros, dentro da própria unidade. Além disso, em parceria com os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), eles recebem atendimento médico, psicológico, participam de oficinas, e recebem medicamentos, de graça, da Secretaria de Saúde. A Prefeitura oferece 4 refeições/dia.

- A rotina de vida deles é como de qualquer família, porém cada um tem seu projeto terapêutico, de acordo com desejo e a necessidade dos pacientes. Vão ao comércio, aos CAPS, onde são referenciados, etc. Por meio de parceria que fizemos com a tutoria judicial, os encaminhamos para obterem seus benefícios – explicou a assistente social.

Por Kamilla Uhl.


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