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CRDI faz alerta para zika e chikungunya
O médico e coordenador do Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas (CRDI), antigo Centro de Referência da Dengue (CRD), Luiz José de Souza, afirma que nenhum caso de zika e chikungunya foi registrado em Campos. Porém, ele lembra que as duas doenças são transmitidas pelo mesmo mosquito da dengue, o aedes aegypti, e alerta quanto aos cuidados com a prevenção, a fim de evitar a entrada dos vírus dessas patologias.
- A chikungunya e a zika podem se manifestar também com casos graves, como lesão do sistema nervoso central e processos inflamatórios nas articulações. Essas duas doenças apresentam, ainda, dificuldade de testes para diagnósticos confirmatórios – disse o especialista, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica / Regional-RJ.
Segundo ele, o vírus Zika, que já chegou ao estado do Rio de Janeiro, vem apresentando um número alto da Síndrome de Guillain-Barré, que consiste em paralisia dos membros, podendo levar até ao óbito. “A zika pode ser transmitida no pré-natal, através da amamentação, por relação sexual e por transfusão”, disse.
A chikungunya, por sua vez, apresenta 7.044 casos notificados em 16 municípios brasileiros. De acordo com Luiz José, essa doença, quando acomete os pacientes em casos graves, pode levar à mutilação, com edema e artrite bilateral simétrica, sem sinais inflamatórios, principalmente quando atinge joelhos e tornozelos, deixando o paciente impossibilitado de se locomover.
- Com o surgimento de novas doenças viróticas transmitidas pelo aedes aegypti e com a persistência da dengue, isso se tornou uma situação grave na saúde pública. Em decorrência disso, algumas situações são questionadas, pois podem dificultar a realização dos jogos olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Com a disseminação de zika e chikungunya em todo o território nacional, e a capital do Estado do Rio estando há três anos sem epidemia de dengue, pode haver agravamento da situação no ano que vem – alertou.
Por Kamilla Uhl
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