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Cerca de 400 mil atendimentos a diabéticos e hipertensos

Por Daniele Mialha Vidal

O Programa de Combate a Doenças Crônicas Não Transmissíveis (Hiperdia) realizou cerca de 400 mil atendimentos a pessoas com diabetes e/ou hipertensão de 2012 a 2014. Os dados são referentes aos atendimentos realizados nos 15 polos do programa, incluindo o Centro de Referência e Tratamento de Lesões Cutâneas e Pé Diabético, e as ações extramuros, realizadas em diversos pontos da cidade.

O Hiperdia cadastrou no sistema do Ministério da Saúde mais de 40 mil pessoas com as duas patologias. Eles vêm recebendo assistência e apoio da Secretaria, no que diz respeito à orientação, prevenção e tratamento das doenças, e distribuição de medicamentos.

De acordo com o vice-prefeito e secretário de Saúde, Doutor Chicão, o Hiperdia visa identificar precocemente os casos de pacientes hipertensos e diabéticos e reduzir a morbimortalidade associada a essas doenças. O objetivo é evitar as complicações mais frequentes, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência renal crônica, insuficiência cardíaca, amputações de pés e pernas, cegueira definitiva, abortos e morte perinatais.

 - As ações estão voltadas para aumento da prevenção, detecção, tratamento e controle, no âmbito da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). A atuação do programa se dá no sentido de evitar o surgimento e a progressão das complicações reduzindo o número de internações hospitalares bem como a mortalidade – destacou.

População diabética

Segundo a médica endocrinologista do Hiperdia, Ana Paula Galvão, cerca de 15% da população campista é diabética. Desses, 25% apresentam lesão na vista após 5 anos de doença, e 80% após 15 anos de doença. Ao todo, 60% dos pacientes em hemodiálise são diabéticos.

- A maior parte com 10/15 anos de evolução da doença. De 15 a 25% dos diabéticos desenvolvem algum tipo de lesão ou ferida nos pés ao longo da sua vida, e cerca de 85% das amputações são precedidas de uma ferida e uma infecção subjacente – explicou a endocrinologista.

Mais polos

Até 2008, existiam apenas três polos do programa e não havia nenhum endocrinologista atuando. A partir de 2009, a Prefeitura deu início à descentralização, levando as ações e o atendimento para mais perto da população, e ampliou o número de polos, aumentando de 3 para 15, ajudando a controlar a obesidade, diabetes e hipertensão.

A Prefeitura também leva as ações do programa onde não há polos fixos, oferecendo trabalho itinerante de orientação, prevenção e busca ativa de pessoas com as duas doenças. Ao ser diagnosticado com essas doenças, o paciente é encaminhado a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou a um dos polos. Em geral, as unidades dispõem de médico cardiologista, endocrinologista e nefrologista.

Por Kamilla Uhl.

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