Durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (5), o vice-prefeito e secretário de Saúde, Doutor Chicão, anunciou a implantação de um novo protocolo de atendimento para dengue. O fluxo de assistência contém informações que visam orientar os profissionais da área de saúde, das redes pública e particular, quanto ao diagnóstico precoce e preciso da doença.

 

- Vamos oficiar os hospitais e demais unidades de saúde na próxima segunda-feira (9), para que todos os casos graves com suspeita de dengue sejam encaminhados para o Centro de Referência da Dengue (CRD), imediatamente, já que temos encontrado muitos casos de doenças com diversas patologias associadas à dengue, com reações cruzadas – explicou o vice-prefeito.

 

A entrevista aconteceu na Direção de Vigilância em Saúde, nos altos da Farmácia Municipal, na sede da Secretaria de Saúde. Também estiveram presentes o subsecretário Geral, Dante Pinto; o diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Cesar Salles; o diretor do Centro de Referência da Dengue (CRD), Luiz José de Souza; e o diretor de Vigilância em Saúde, Charbell Kury.

 

O objetivo foi esclarecer três casos de óbitos em que as vítimas podem ter sido acometidas por dengue. Os casos ocorreram este ano. A Secretaria Municipal de Saúde informou à Secretaria Estadual de Saúde os dois primeiros casos notificados de meningite bacteriana, mas, durante a investigação diagnóstica, solicitou, por orientação da Vigilância Epidemiológica, outros exames para diagnóstico diferencial para meningite, por se tratar de casos mais graves, nos quais foram achados dengue positivo também.  

 

Doutor Chicão destacou que o município vive um momento de endemia de dengue, com poucos casos confirmados da doença, porém apresentando maior agressividade. “Não existe epidemia. O alerta deve ser feito, porém, sem alardes. Não basta o poder público tomar as medidas, a população tem que fazer sua parte, pois 90% dos focos são encontrados intradomicílios”, disse o secretário de Saúde.

 

Casos suspeitos

 

O primeiro caso é de uma mulher de 47 anos, do Jóquei Clube, que morreu no final do mês de março, cujo material colhido enviamos para o Lacen, e que, recentemente, confirmou como resultado positivo para dengue. O segundo caso é de uma menina de 1 ano e seis meses, falecida em abril, do Parque Califórnia, que ainda está em investigação para dengue.

 

O terceiro caso, segundo Charbell, é o de uma menina de 2 anos, do Parque Rosário, que pode se tratar de um novo caso de reação cruzada. Ele lembra que apesar da primeira hipótese ter sido para H1N1, a dengue entrou como diagnóstico secundário, conforme consta no atestado de óbito e com base na sorologia positiva para dengue. A amostra foi enviada para o Lacen e a Fiocruz, para finalizar o prontuário.